Fatos e/ou teorias sobre o trânsito em Foz do Iguaçu


Dirigir é uma atividade complexa. Exige uma boa coordenação motora e, principalmente, muita atenção. É muita coisa tomando nossa concentração, e tudo em movimento. Por isso, por mais que seja um porre a prova de direção, eu ainda acho que não é rígida o suficiente. Porque, na prática, as pessoas não aplicam nem mesmo a mais básica das regras… E minha afirmação pode ser comprovada empiricamente por incontáveis barbeiragens cometidas o tempo todo em todas as ruas do mundo.

Mas o trânsito aqui em Foz do Iguaçu é bem tranquilo. Se comparado ao da Índia, é claro.

Mas, comparando-se a outras cidades de mesmo porte, eu diria que dirigir na tríplice fronteira é bastante desafiador. Quem se aventura no trânsito iguaçuense certamente vai se identificar com algumas das teorias que elaborei simplesmente com base na minha humilde observação diária (ou seriam fatos?):

– Toda pessoa que dirige um veículo com placas paraguaias desaprende imediatamente para que servem as setas;
– Nas autoescolas argentinas, ensina-se aos motoristas que, quando dirigirem no Brasil, devem sempre trafegar o mais devagar que puderem na faixa da esquerda, só para irritar os brasileiros;
– Todo motociclista ganha, magicamente, ao pilotar uma motocicleta, todos os poderes do Super-Homem;
– As placas nas vagas de estacionamento reservadas para deficientes e idosos são meramente ilustrativas;
– Semáforo amarelo significa: acelere, vai dar tempo;
– Semáforo na última luz verde significa: não vai dar tempo, freie agora!;
– Leis de trânsito são só para carros pequenos. Ônibus podem cruzar a preferencial ou entrar na faixa, cortando a sua frente, na hora em que bem quiserem;
– Nas rotatórias, esqueça as placas de Pare. A preferencial é do mais corajoso (ou do maior, lembra?);
– Idosos preferem dirigir na hora do rush;
– Se você está errado no trânsito e alguém buzinar para você, o direito de ficar bravo e de xingar é todo seu;
– Limite de velocidade é para os fracos;
– Você pode mudar de faixa na hora em que bem entender, não importando se tem carros vindo ou não. O mundo é dos ousados!;
– Apostar racha de madrugada cantando pneu é cool;
– Dirigir em Foz exige intuição. Você nunca sabe quando uma rua vai virar contramão de repente;
– Os recuos à margem das pistas, destinados aos motoristas que pretendem dobrar à direita ou à esquerda, nunca são usados para este fim, e sim para os espertinhos (ou desavisados?) tentarem arrancar primeiro no semáforo;
– Taxistas têm um pacto que obriga todos a serem mal educados – ou vai ver a rua é exclusiva deles, e nós não sabemos;
– Caminhões só podem trafegar pela esquerda;
– Sinal de luz alta significa “ande mais devagar ainda, nem estou com pressa mesmo!”;
– Faixa de pedestres foi feita para os motoristas passarem mais rápido ainda, e xingando os pedestres que tentam atravessar;
– Semáforo existe apenas para dar postos de trabalho a crianças exploradas pelos pais, a pessoas com alguma deficiência física digna de pena e a entregadores de panfletos;
– O viaduto entre a BR-277 e a Avenida Paraná só será construído no dia em que a população fizer uma “vaquinha”;
– O calor te dá o direito de parar bem longe do semáforo, mesmo que não haja carros à sua frente, se ali houver uma sombra;
– Todo cara com o carro da “firma” vira automaticamente galã de Hollywood e banca o conquistador, mexendo com todo e qualquer ser do sexo feminino que encontrar pela rua.

Às vezes, eu acho que, simplesmente, o trânsito está cheio de “reis do volante”…
 Lembram-se desse episódio do Pateta?

Bem, eu poderia continuar essa lista ou esse post indefinidamente, mas esses foram os pontos principais que consegui lembrar. Sabe de mais algum? Fala aí nos comentários!


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2 pensamentos em “Fatos e/ou teorias sobre o trânsito em Foz do Iguaçu