O buraco negro


O Wagner costuma dizer que minha bolsa é um buraco negro. Tudo o que você quiser, poderá achar ali. Sempre pensei “que injustiça!”, mesmo tendo plena certeza de que minha escoliose piorou substancialmente nos últimos tempos, devido ao peso da bolsa, que carrego sempre do mesmo lado.

Ainda assim, não via nada de mal nisso, afinal, tudo que eu precisava estava sempre à mão. Pois bem, há alguns dias criei vergonha na cara e troquei, finalmente, de bolsa. Quando fui transferir as coisas da bolsa antiga para a nova (que é bem menor), percebi que, realmente, ele poderia ter um pouco de razão.

Bolsa de mulher é assim… quanto mais espaço, mais coisa a gente carrega!

Hoje, estou bem mais econômica nas coisas que carrego – até mesmo pelo espaço limitado. Atualmente, tem na minha bolsa a minha carteira, um molho de chaves do trabalho, as chaves de casa, as chaves do carro, caneta, amarradores de cabelo, caderneta, remédios, creme hidratante para as mãos, colírio, a caixinha das lentes e o soro de limpeza, a caixa dos óculos escuros, um pacotinho de lenços, lencinhos umedecidos, algodão, acetona, lixa de unha, pen drive, desodorante e o celular. Pouca coisa, né? (Essa lista aumenta exponencialmente em viagens, é claro)

Mas eu ainda sinto falta de ter, sempre à disposição, minha nécessaire com maquiagens, óleo para pontas dos cabelos, uns três pares de brincos,mp4, gravador digital, câmera fotográfica, e respectivos cabos USB e carregadores de bateria, canivete suíço, entre outras coisas das quais nem me lembro agora. De qualquer maneira, tenho sobrevivido, mas não sem me perguntar, frequentemente, como é que os homens sobrevivem carregando consigo tão somente uma carteira? Como, meu Deus?


Alguém aí pode me dizer?

Update: mais ou menos assim…


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