Cara de louca, pra ir pro bando. |
Ontem realizei um dos meus grandes sonhos. Sabe aquelas coisas que você não pode morrer sem fazer antes? Então, ir ao estádio ver o Corinthians jogar era uma delas.
Mas isso sempre me pareceu muito distante, afinal, moro a mais de mil quilômetros de São Paulo e fazer uma viagem até lá para ir ao estádio era algo que não estava nos meus planos a curto prazo.
Mas, eu ando com tanta sorte ultimamente, que o Corinthians veio jogar aqui do ladinho de casa, em Ciudad del Este. E pra melhorar era um jogo de Libertadores. Ou seja: emoção em dobro.
Antes do jogo, time em aquecimento… Primeira emoção! |
Na verdade, eu estou em êxtase até agora, e fica até difícil descrever a sensação de estar ali. Eram muitas novidades e muitas emoções ao mesmo tempo.
Primeiro, a emoção de ver o time ao vivo, de perto, é claro. Mas, mais que isso, a energia que rola no meio da torcida, a empolgação de cantar e gritar e se sentir literalmente empurrando o time.
Ali, parece que o tempo passa numa velocidade diferente… |
A vibração a cada lance; a tensão a cada apito; a expectativa a cada toque de bola; a inquietude a cada falta; a torcida desesperada a cada ataque; o nervosismo quando o time adversário ataca, a indignação pelos (supostos) erros do juiz; os suspiros de alívio após cada defesa; e, finalmente, o momento tão esperado: a hora de soltar o grito que estava preso na garganta. A hora de gritar “gol!“.
E eu pude gritar três vezes!
A euforia é tanta que, realmente, parece que vamos explodir de felicidade. E o fato de estar ali, vendo tudo acontecer bem na sua frente, potencializa a sensação. Eu, que sempre assisti aos jogos apenas pela televisão, não imaginava que a empolgação de estar no estádio fosse tão grande.
E, como voltamos para casa com a vitória, eu diria que foi tudo perfeito.
Mas, emoções à parte, quero fazer também alguns comentários mais pontuais sobre a partida.
A ida
A saída de Foz foi muito mais tranquila do que eu pensava. Realmente, o esquema de segurança montado na cidade foi excelente. Eu fui com o transporte da Loumar Turismo, que caprichou na logística. Ao longo do trajeto da igreja do Maracanã até a Ponte da Amizade, batedores da Polícia Militar controlaram o trânsito para liberar a passagem do nosso comboio. Tranquilíssmo.
Na Ponte da Amizade, um grande contingente de policiais federais fazia a segurança. Não me lembro de ter visto tantos PFs por lá em outras oportunidades. O trânsito fluiu bem até chegarmos ao Paraguai.
No ônibus, animação e ansiedade. |
Em Ciudad del Este, estava um pouco mais complicado. A polícia de lá não caprichou tanto quanto a de cá na organização do trânsito, mas nada que causasse grandes transtornos. Ocorre também que as ruas que dão acesso ao estádio são meio estreitas e às vezes o ônibus tinha um pouco de dificuldade para manobrar. Mas, ainda assim, nenhum contratempo.
O estádio
O Estádio 3 de Febrero, em Ciudad del Este, é exatamente como relatou uma reportagem do Globo Esporte: feio por fora, mas arrumado por dentro. Quando a gente chega, até ameaça bater um desânimo. Mas, passada a escadaria que me lembrou um pouco o Carandiru, a parte de dentro é até bem ajeitada.
A qualidade da foto não está grande coisa… Mas, ali ficam as cadeiras numeradas |
O acesso para o jogo foi muito tranquilo também. Praticamente nem pegamos fila, pois a entrada fluiu numa boa. Em questão de poucos minutos já estávamos acomodados na arquibancada.
A torcida
Bom, como esse era um jogo praticamente de uma torcida só, eu achei que tudo foi muito calmo. Não vi nenhum sinal de confusão, exceto por um torcedor do Internacional que teve a ideia genial de ir com a camisa, e fizeram-no tirar! No mais, vi muita gente conhecida, Foz do Iguaçu realmente estava lá em peso. Estava me sentido em casa! hehehe
Camisa 12 |
Gaviões |
Em relação à Gaviões da Fiel, confesso que fiquei impressionada com a animação. Se torcidas organizadas não fizessem tanta besteira, eu diria que admiro os caras. Mas, encrencas à parte (aqui não arrumaram nenhuma! Ufa!), eles são muito animados. Realmente, não param de tocar e cantar um só minuto.
Balanço
Bom, de modo geral eu diria que foi uma experiência incrível para mim e superou muito minhas expectativas, em todos os aspectos. Eu sei que vários dos detalhes que eu comentei aqui advêm o fato de este jogo ter sido atípico, mas de qualquer maneira achei que valeria a pena mencionar.
Agora, fica aquela vontade de repetir a dose (só não sei quando…) e a torcida para que o Timão continue indo bem na Libertadores. “Haaaaaja coração”, diria um narrador chato da televisão.
Woww… ótimo texto…
Sim , O jogo foi perfeito…
Estive nas 4 áreas da torcida..
Cada um tinha seu momento mágico, a sua emoção…
Eu fiquei mais tempo junto com a camisa 12.. Pois lá que tinha mais amigos.. O jogo, a estrutura, o caminho, foi tudo tranquilo e perfeito..
Vai Corinthians..
Parabéns a vc e a seu time!Acredito que deva ter sido realmente uma experiência inesquecível,única,dentre tantas que a vida nos proporciona.Ver o nosso time num estádio não tem preço,vê-lo conquistar uma bela vitória então…Nunca esquecerei,e eu tinha 15 anos,de uma partida de futebol entre o meu time,Internacional,e a seleção francesa,logo após a Copa de 1970,foi uma noite mágica,e ainda pudemos ver o desfile da Taça Jules Rimet,olha eu nem lembro se meu time ganhou ou perdeu,naquele momento isso não importava realmente,o estádio era novo,um ano após a inauguração,as sensações,os sentimentos que tive nunca apagarão de minha mente,enquanto eu viver!!Pode parecer bobagem,mas essas são as verdadeiras emoções pelas quais vale a pena tanta coisa…Assim construímos nossa vida,dando vida às coisas nas quais acreditamos..
Parabéns a todos os Corintianos.
Maria Helena Rial