Am I a good person…


… doing bad things, or a bad person doing good things?

Quem assiste ao seriado Dexter deve conhecer essa frase. E, por algum motivo, ela se encaixa a algo sobre o que tenho refletido ultimamente.

Obviamente, o seriado é meramente ilustrativo. Mas, na vida real, também nos deparamos com dualidades semelhantes.

Acredito que todo mundo, algum dia, já cometeu algum erro terrível e depois ficou se sentindo a pior das criaturas, um ser inferior e desprezível. Mas, o que nem sempre é tão fácil discernir nessas horas é que pessoas boas também fazem coisas ruins.

Por impulsividade, egoísmo, imaturidade, fragilidade, fraqueza, instabilidade emocional ou seja lá qual for o motivo, o fato é que até mesmo as melhores pessoas que conhecemos cometem deslizes e algumas vezes têm atitudes reprováveis.

“I am a monster”

Isso não significa, porém, uma mudança de caráter. Pode até mesmo significar que, naquele momento, a pessoa esteja perdida, precisando de ajuda. Quem já passou por algo semelhante sabe que, nessas horas, a sensação de solidão é absurda. A consciência é o maior carrasco que podemos ter. E um gesto de apoio pode significar a salvação de alguém que não sabe mais para onde ir ou como se perdoar.

É muito fácil (e até mesmo cômodo) olhar apenas a atitude e formar um juízo a respeito. Apontar o dedo e julgar é quase instantâneo, muitas vezes. O que é difícil, entretanto, é analisar o contexto e ficar ao lado das pessoas até mesmo quando elas estão erradas. Não para avalizar o erro, mas, para oferecer uma mão generosa e ajudar o outro a se re-erguer.

Isso, sim, é raro. Isso, sim, é desprendimento. Amar e apoiar as pessoas com todos os seus defeitos e erros, e não apesar deles.

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