Eu não quero acertar sempre.
Tenho um carinho especial pelos meus erros.
Eles me ensinaram muita coisa.
Somos cúmplices. Criador e criatura. Causa e consequência.
Eu os concebi desde o início. Elaborei exclusivamente cada um deles.
Cometi um por um, na hora em que achei que deveria.
E eles me retribuíram com lições ímpares.
Sentirei saudade, mas vou criar outros, novinhos em folha.
E vou saborear todos, com a mesma displicência de antes.
Porém, a coleção vai ficar guardadinha. Não doo, nem empresto.
E sempre que necessário vou revisitá-la, para dar uma refrescada na memória.
Não quero correr o risco de me tornar repetitiva.
Para a minha antologia, vale a variedade, e não a insistência.
*Para ler ao som de Dashboard Confessional – Vindicated