Está em discussão agora, no Supremo Tribunal Federal (STF), a legalidade da Marcha da Maconha. Os ministros do Supremo estão prestes a decidir se é legal ou ilegal que as pessoas façam uma passeata pedindo a descriminalização da droga.

Eu sempre fui a favor de manifestações, protestos, desde que pacíficos, e desde que por uma causa justa. Beleza, sou a favor que liberem a bendita marcha. Mas questiono, aqui, o mérito da questão mesmo.
Diante de tal fato e observando a imensa repercussão do caso, eu fico me questionando: será que a questão da legalidade da maconha é mesmo o que de mais importante há para se protestar hoje em dia? Será que nós, brasileiros, não temos nada mais sério para nos preocupar?

Dia após dia vemos políticos corruptos fazendo verdadeiras farras com o nosso dinheiro — sim, dinheiro público! — e ficamos calados. Cadê os panelaços para tirar do poder os criminosos do colarinho branco? Cadê os caras-pintadas? Onde está, realmente, o nosso civismo?

Onde está o nosso grito por justiça, em tantos e tantos casos absurdos que vemos todos os dias? São tantos que se tornam até banais… Será que vivemos em um tempo em que a nossa capacidade de indignação se limita ao direito de fumar um baseado em paz?

Acho eu, na minha infinita ignorância, que o Brasil tem problemas bem mais sérios de saúde pública e de segurança, que não se resolveriam com a simples descriminalização da erva.

Legalização de drogas é um assunto que exige certa maturidade. Não é só mudar a lei e ponto. Isso teria implicações sérias na sociedade.

Mas, se seria bom ou não, não cabe a mim julgar. Mas, fica a pergunta: será mesmo que isso é tão fundamental agora? Será que essa é uma prioridade na nossa sociedade?

Eu tenho cá minhas dúvidas.