Eu, paradoxo.


Às vezes, inexplicavelmente otimista. Outras vezes, irremediavelmente pessimista. Na maioria das vezes, irritantemente realista.
Normalmente, extremamente crítica. Às vezes, estranhamente indiferente.
Por vezes, absurdamente bem humorada. Às vezes, inegavelmente deprimida.
Dias sim, subitamente entusiasmada. Dias não, completamente entregue à inércia.
Na maioria das vezes, descaradamente irônica. Às vezes, estranhamente irreverente.
Com frequência, idiotamente impulsiva. Às vezes, misteriosamente paciente.
Esporadicamente, inacreditavelmente esperta. Frequentemente, vergonhosamente ignorante.
Invariavelmente intensa.
Normalmente, completamente objetiva. Às vezes, assustadoramente indecisa.
Geralmente, radicalmente perfeccionista. Raramente, irresistivelmente preguiçosa.
Às vezes, inocentemente ingênua. Na maioria das vezes, fervorosamente cética.
O tempo todo, exageradamente observadora. Raramente, levemente distraída.
De vez em quando, incompreensivelmente frágil. De vez em sempre, impressionantemente forte.
Indecentemente sincera.
Inevitavelmente vulnerável. Insistentemente esperançosa.
De repente, involuntariamente arredia. De quando em quando, sutilmente doce.
Frequentemente, indesculpavelmente sonhadora; mas, irreversivelmente sensata.
Olhando bem, despretensiosamente atrapalhada.
Invariavelmente confusa. 


Continuamente incompreensível. 


Desesperadamente paradoxal.

Comente!