Não, não é.

E já vou direto ao ponto, que é pra não desperdiçar o meu tempo e nem o de vocês – imaginando que alguém, por algum motivo, viesse a ler isso.

Essa semana, entrei numa discussão no Facebook sobre a “campanha” de troca dos avatares por imagens de desenhos animados.

A princípio, algumas pessoas veicularam em seus murais uma mensagem pedindo que todos fizessem o mesmo, como uma forma de combater a violência infantil.

Então, eu fiz um simples comentário dizendo que a campanha seria inefetiva, apesar do intuito ser nobre, o que gerou uma pequena discussão. Assim como eu, obviamente, muita gente não viu sentido na tal campanha, pois me parece meio óbvio que trocar nossas fotos não conscientiza coisa nenhuma.

Depois, algumas pessoas entraram na brincadeira apenas como uma forma de nostalgia, de relembrar personagens que marcaram nossa infância. Até algumas imagens foram criadas e novas mensagens foram postadas pedindo que as pessoas participassem, etc.

Enfim, não digo nada sobre quem quer fazer uma brincadeira apenas, e admiro muito a boa intenção de quem quis fazer um manifesto contra a violência ou qualquer outra forma de exploração infantil.

Porém, lamento dizer: de boas intenções, o inferno está cheio! O velho clichê que nunca perde sua razão…

Sim, eu gosto de desenho animado! Mas… e daí? O que isso muda para a humanidade?

Porque, na minha modesta opinião, se as pessoas realmente quisessem ajudar em alguma coisa, praticariam medidas efetivas. Por exemplo: trabalhar um dia por semana – ou por mês, que seja – como voluntário numa instituição de caridade, tipo o Centro de Nutrição Infantil. Ou, pelo menos, fazer doações em dinheiro para essas entidades (que são inúmeras!), se não tiver tempo para dispor. Isso, sim, seria efetivo.

Não vou ser hipócrita aqui e dizer que eu faço isso. Realmente, não faço e me envergonho por isso. Uma das minhas metas é me organizar para praticar algum ato de caridade. E, quando o fizer, não pretendo sair divulgando, pois o sentido está em ajudar por ajudar, e não para me autopromover. Mas não vou entrar nesse mérito.

Porém, enquanto não fazemos isso, não acho que ficarmos confortavelmente sentados diante de nossos computadores com uma foto de desenho animado no avatar vai mudar alguma coisa.

Desculpem se eu soar rabugenta, mal humorada ou qualquer outra coisa de que queiram me taxar – como já fizeram. Infelizmente, tenho essa mania insuportável de ser analisar as coisas.