Estamos sempre com pressa. Temos tantos afazeres e providências a tomar, e tão pouco tempo! Estamos sempre correndo contra o relógio, tentando encaixar tudo numa rotina cada vez mais frenética.
No meio de tanto estresse, estamos nos tornando cada vez mais egoístas. E esse individualismo tem nos deixado cegos. Cegos para o mundo, para os
outros, para os problemas alheios — que sempre julgamos serem menores que os nossos.
Circundados pelo caos, acabamos deixando passar pequenas oportunidades de melhorar o dia de alguém.
Refiro-me aos pequenos gestos. Às gentilezas, que geralmente são tão sutis, mas capazes de pôr um sorriso no rosto de alguém, mesmo em meio a um dia infernal.
Ser gentil custa tão pouco… Mas, no dia a dia, estão cada vez mais escassas as atitudes gentis.
Ser gentil dá leveza à alma. Experimente! |
Ceder o assento no ônibus para um idoso ou uma gestante, segurar o elevador para alguém que está chegando, dar a frente na fila do caixa do mercado para alguém que está com apenas um produto para passar e está com (mais) pressa (que você)…
São inúmeros exemplos, mas, na verdade, nem seria necessário exemplificar. São coisas que deveriam ser óbvias e automáticas, se puséssemos sempre em prática uma coisa simples chamada educação.
Sim, porque ser cortês, ser gentil, faz parte de uma educação que, em tese, recebemos em casa. Na verdade, a maioria de nós recebeu, sim. Mas, parece que ao longo da vida, ao invés de melhorarmos como pessoas, regredimos em alguns aspectos. E este é um deles, afinal, o que não é exercitado atrofia.
Tudo seria tão mais simples se aplicássemos uma simples regra: trate os outros como gostaria de ser tratado. Não é mesmo?
Às vezes, um ato gentil nos consome apenas alguns segundos, mas nos proporciona uma indescritível sensação de bem-estar. E esta mesma sensação transmitimos à pessoa que recebe a gentileza: quando recebemos um gesto gentil, imediatamente temos vontade de fazer o mesmo por outro alguém. É um ciclo simples e infinito de fazer — e receber — o bem.
Isso, deveríamos pôr em prática — ou ao menos tentar — todos os dias.