Dexter: a mão esquerda de Deus (Darkly Dreaming Dexter)


Desde que comecei a assistir Dexter, tinha curiosidade de ler os livros que originaram a série. Falta de tempo e um monte de desculpas à parte, agora finalmente criei vergonha na cara e comecei.

O primeiro livro, Dexter: a mão esquerda de Deus (Darkly Dreaming Dexter), de Jeff Lindsay, me ganhou logo de cara.

A melhor parte de ler o livro é que, mesmo tendo visto o seriado, você consegue se surpreender, por vários motivos. A adaptação é muito bem feita, mas, méritos (e aplausos) a James Manos Jr. pela criatividade, pois a série  é muito rica e contém, inclusive, detalhes que não ficam tão bem descritos no livro (pudera! Haja conteúdo para 12 episódios!).

O enredo em si tem algumas diferenças, comparando-se o primeiro livro à primeira temporada, por exemplo. Aliás, o final do livro é inacreditável (sem spoilers, juro!). E alguns personagens têm pouco destaque ou nem aparecem.

Por exemplo: Rita é bem pouco citada no primeiro livro, enquanto no seriado ela tem um papel um pouco mais significativo. A Deb (que na tevê é Debra, mas no livro traduzido para o português é Deborah) é muito diferente. Ao meu ver, no livro ela parece muito mais “frágil” que a personagem interpretada por Jennifer Carpenter.

Neste sentido, também notei algumas diferenças em termos de caracterização. Ainda em relação à Deb: no livro, ela é “gostosona” e tem olhos azuis. Como sabemos, a Carpenter é mais o tipo magrela e tem olhos castanhos. Se eu apenas lesse o livro, sem nunca ter assistido à série, imaginaria a Deb totalmente diferente. Mas, nada que prejudique. Eu amo a Deb da tevê.

A LaGuerta também é descrita de uma maneira muito mais “elegante” – convenhamos, no seriado ela se veste muito mal. E a relação dela com Dexter, no início, é bem diferente do retratado na tevê. No livro, ele é bem mais galanteador, por assim dizer, o que justifica um pouco aquela paixonite da tenente por ele.

Masuka (no livro, Masuoka) e Batista têm papéis bem secundários no livro – já na série eles são mais valorizados e são sensacionais! Harry aparece de uma maneira ainda sutil, mais nas memórias de Dexter – sua relação fantasmagórica com nosso querido serial killer também não fica tão exposta.

Os métodos utilizados por Dexter para matar também não são tão explícitos no livro – mais um ponto para a adaptação! A impressão que eu tenho (mas estou ainda no início do segundo livro, posso estar enganada…) é que ele ainda está desenvolvendo toda a sua sistemática, embora o fato de ele ser extremamente metódico já fique bem evidente, assim como sua mania de colecionar as lâminas. Porém, uma de suas características mais marcantes, o sarcasmo, é ponto forte de toda a narrativa. Sempre me pego rindo alto quando leio.

Uma das coisas de que gostei muito no livro é a sua fácil leitura. A linguagem é simples e flui bem. Acho que em umas duas ou três “sentadas”, terminei de ler.

Para resumir, indico a todos os “Dexteraholics” como eu que leiam os livros, se tiverem oportunidade. Não é um “mais do mesmo” em relação ao seriado e rende umas boas informações complementares – além de dar uma amenizada na abstinência nesse interregno entre uma temporada e outra do seriado.

Como só li o primeiro livro, pode ser que minha análise ainda esteja bem rasa, mas espero poder melhorá-la conforme for “devorando” os demais.

E, para quem está ansioso pela oitava (e última) temporada, se liguem: estreia dia 30 de junho. Contagem regressiva!

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