“Eu, que não fumo, queria um cigarro…”


A frase é da música Eu que não amo você, dos Engenheiros do Hawaii, e embora eu não esteja literalmente pensando em me tornar fumante, acho que ela traduz bem um pouco do que sinto às vezes.

Afinal, quem nunca acordou com vontade de radicalizar, mudar tudo? Mudar de casa, de emprego, trocar de carro, começar um novo esporte, fazer uma superviagem para um lugar nunca antes cogitado…?

Às vezes, esses desejos súbitos e malucos fervilham na nossa cabeça e vamos longe nas divagações. Mesmo que algumas delas não façam o menor sentido. Como alguém que não fuma querer um cigarro, ou alguém que não bebe querer um conhaque…

E, embora soe incoerente, não há nada de errado em querer fazer algo “fora do comum” de vez em quando. Sentir emoções novas, respirar outros ares, olhar para outras paisagens. Mudar a trilha sonora da vida, trocar o tempero da comida, usar uma roupa com uma estampa diferente. É tudo válido.

São as experimentações, afinal, que definem para que caminho vamos – ou voltamos -, quem somos ou nos tornamos.

Comente!