É quando todas as luzes se apagam que as lágrimas se permitem rolar. E, sentindo-se seguras na mais absoluta solidão, as frases presas na garganta se libertam, quebrando o silêncio e se perdendo no vazio de sua própria insignificante existência.
É longe dos olhares curiosos e julgadores que a verdade se escancara, num olhar cabisbaixo e em passos desanimados.
É nos suspiros melancólicos que toda a dor busca um alívio, deixando finalmente transparecer todo o seu pesar.
E é quando os pensamentos pesam demais que pouca — ou nenhuma — força resta para os músculos do corpo todo se atreverem a mudar de posição.
E, na mais absoluta inércia, horas se vão, como se nada mais existisse a não ser o profundo e imbatível sentimento de vazio.