Hoje meu coração me fez uma revelação bombástica: a de que eu não preciso de você.
Fiquei verdadeiramente surpresa com o anúncio. Como assim? De uma hora para a outra?, indaguei.
E foi então que ele me explicou…
Fiquei verdadeiramente surpresa com o anúncio. Como assim? De uma hora para a outra?, indaguei.
E foi então que ele me explicou…
Não foi de repente.
Não precisar mais de você não foi uma decisão, mas apenas a consequência de um longo processo que começou há muito tempo.
As pequenas coisas foram se somando e, paulatinamente, matando o que eu sentia por você.
No começo, eu pensava que o problema era eu. Que eu era errada demais. Que eu simplesmente não era boa o suficiente para você. E aí meu coração foi se sentindo sufocado. Desanimado. Desbotado. Sentiu vontade de desistir de mim. Mas não pensava em desistir de você, afinal, você era a razão pela qual ele batia.
Mas, as pequenas coisas… elas foram crescendo.
No começo, era apenas a indiferença de vez em quando.
Depois, foram as palavras, cada vez mais duras. E, por fim, foi o seu olhar. Ah… aquele olhar botou um ponto final em tudo. Aquele olhar que costumava ser brilhante e doce, não sei como, tornou-se frio e distante. Não havia mais admiração naquele olhar, só desprezo, distanciamento, desamor.
E aí, nem mesmo a teimosia crônica deste ingênuo coração foi suficiente. Não dava mais. Ele foi vencido pelo cansaço.
E, ao não ter mais opções, percebeu que só sobreviveria se encontrasse outra maneira de respirar. Precisava se reinventar.
No processo de reciclagem, ao se desfazer de tudo que não servia mais, você foi descartado. Desculpe, não é por mal. Eu até poderia te manter ali, mas você ocupava espaço demais, um espaço precioso, privilegiado. E esse espaço agora foi requisitado.
E, no balanço de tudo, veio a conclusão: eu não preciso mais de você.*Para ler ouvindo: Nenhum de Nós – Vou deixar que você se vá
Matou a pau! Lindo!!