Pare. Agora.


Não me venha com esse sorriso hipnotizante, se for para depois ir embora de novo.
Não me faça enfeitar a casa e preparar um café se for para ficar só cinco minutos.
Não me diga todas aquelas coisas lindas que você sabe que eu quero ouvir, para emendar um “mas” em seguida.
Não me deixe um beijo de boa noite se não puder entregá-lo pessoalmente.
Não pegue na minha mão daquele jeito que me faz estremecer dos pés à cabeça.
Não deixe seu cheiro em mim para prolongar meu sofrimento.
Não me dê migalhas da sua atenção, para depois me castigar com sua ausência.
Não me olhe daquele jeito que me deixa sem graça, porque eu me derreto toda e me sinto uma idiota.
Não me mande novamente aquela música que conta a nossa história, pois cada estrofe é como um soco em meu peito.
Não faça tudo o que você sempre faz, ainda que despretensiosamente.
Não me encha de vida para me matar novamente.

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