Quando eu crescer


Quando eu era criança, costumava fazer muitos planos para quando crescesse. Nada muito mirabolante. Mas eu tinha aquela visão de que a vida de adulto era uma coisa incrível: poderia fazer tudo o que quisesse, teria meu próprio dinheiro e não precisaria voltar para casa quando escurecesse. No universo da imaginação infantil, isso era o máximo. O que mais alguém poderia querer da vida?

O que não se sabe, quando criança, é que as coisas não são bem assim. Provavelmente porque crianças sempre veem o lado bom das coisas. Acho mágico esse misto de otimismo e inocência que permeia os pensamentos infantis. Por isso, crianças arriscam mais.

Depois que crescemos, adquirimos esse lamentável hábito de pesar os prós e contras. Às vezes, muito mais os contras. Sempre baseados na ilusão de que vamos nos machucar menos.

Mas, hoje vejo que a vida de adulto não é nada parecida com aquela que eu idealizei no auge da minha pouca idade. Porém, ainda planejo certas coisas com o mesmo entusiasmo e brilho nos olhos. Talvez por ser uma eterna inquieta. Ou talvez por não ter crescido totalmente ainda.

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