Às vezes, me pego repetindo alguns dos seus trejeitos.
É involuntário. E também inevitável.
Assim como a mania de sempre colocar gelo na Coca-Cola.
Ou de ouvir os CDs no modo aleatório “para não enjoar”.

Hoje, já não sei mais o que é dirigir sem mascar chiclete de menta.
E também peguei o hábito de comprar vinis e achar que o som é realmente melhor.
Café agora é só extraforte e a adega nunca fica sem um bom Malbec.

Por sua causa, passei a gostar de documentários sobre política e de Bowie.
E agora é impossível ir à livraria sem passar pela seção de HQs.
Sem mencionar o fato de manter a tradição de ver a trilogia do Poderoso Chefão todo ano.

Você se foi.
Mas, seus resquícios ficaram.
Não dá mais pra desfazer o que você mudou em mim.