Outro dia, separando algumas peças de roupas para uma pequena viagem, me peguei refletindo sobre nossas bagagens.
Passamos a vida acumulando coisas, adquirindo supérfluos, superlotando nossos armários com quinquilharias que muitas vezes só servem para juntar poeira, carregando essas tralhas daqui pra lá – quando, na verdade, precisamos de tão pouco.
Para falar a verdade, as coisas essenciais para nossa sobrevivência não são as que carregamos na mala.
O que eu levo comigo não é o que possuo, mas o que aprendo, o que produzo, o que vivo.
Posso me desfazer de todos os meus bens materiais, e depois adquirir tudo de novo. Mas, nada disso fará parte de mim.
Já os momentos que me tocam como pessoa, que me fazem refletir, que me levam a alguma evolução pessoal, estes vão comigo para onde eu for.
E não há limite de peso ou taxa de excesso para esse tipo de bagagem.