Be yourself


Eu ainda não descobri o segredo da felicidade – se é que existe um. Mas, o caminho mais certo para a frustração é, sem dúvidas, tentar viver conforme as expectativas alheias.

Não há, no mundo, coisa mais sufocante que ficar medindo as palavras e ensaiando os gestos, tentando adivinhar a maneira exata de agradar a gregos, troianos, brasileiros, marcianos…

Não existe vida mais deprimente que aquela vivida como se fôssemos atores em uma peça de teatro. Como se o resto do mundo fosse a plateia, com espectadores de olhares atentos, nos julgando a cada fala engasgada ou expressão não-convincente. Como se nossas frases tivessem de ser discursos cuidadosamente ensaiados, semanticamente perfeitos, e devêssemos ser eloquentes, coerentes e geniais o tempo todo.

A graça da vida está justamente na imperfeição. A mágica do ser humano reside exatamente em suas falhas; em seus desajeitos, na hesitação. Nada é mais sincero que nossos defeitos. Nada nos faz mais autênticos que nossas fraquezas.

Por isso, quando a gente aprende a se conhecer melhor e passa a se aceitar, nosso verdadeiro eu transparece e dele só se aproximam as pessoas cuja opinião realmente vale a pena. Aquelas que realmente são fundamentais não requerem de nós maquiagem, sorriso forçado ou conduta exemplar.

Quando somos nós mesmos, sem máscaras, sem ensaios, espontâneos, de alma à vista, é que alcançamos a plenitude do ser, do eu, da vida. E a partir dali, tudo o que fizermos com vistas à própria completude, em busca pura e simplesmente da felicidade, da tranquilidade, da paz de espírito, nos torna melhores, agradáveis, acessíveis.

E, estando feliz com a gente mesmo, é inevitável e natural que nos tornemos pessoas mais agradáveis para os outros e melhores para o mundo.

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