200!


Hoje, me dei conta de que estava prestes a postar aqui o texto de número 200. Num misto de ansiedade e alegria, pensei que deveria escrever algo muito especial para “comemorar” este número. Porém, imediatamente mudei de ideia e resolvi que um registro simples, mas de coração, seria suficiente.

Apesar de ser apenas um número, tem um grande significado para mim – pois, nunca antes na história desta escriba um blog foi tão longe. Apesar de eu ser jornalista e minha vida se resumir a escrever, além de ser colaboradora em outros blogs, ter um espaço só meu é bem diferente, ainda que ele tenha um layout bem caseiro.

Eu tenho essa mania de blogar desde que tinha 16 anos. Desde então, criei e matei incontáveis blogs. Por um motivo ou outro, nenhum conseguia ter vida longa. Eu começava, me empolgava, escrevia, mas logo vinha o blogcídio novamente. Mas este – guerreiro! – sobreviveu, aos trancos e barrancos, e chegou a um número considerável de textos.

Neste ínterim, eu já escrevi textos alegres, tristes, irônicos, opinativos, informativos, poéticos, fictícios, desabafos, coisas sobre a minha vida e mais uma infinidade de gêneros “literários” não identificados. Já fiquei também longos períodos em “crise criativa” e deixei o pobrezinho às moscas. Já fiz tudo que é tipo de post, sem me importar muito com um “estilo”. Enfim, pintei e bordei, do jeito que me deu na telha.

A única “linha” do Uma Segunda Qualquer sempre foi justamente não ter uma linha. Para mim, é mais como ter um caderninho de rascunhos com o diferencial de ser exposto ao público. Não considero que eu faça algo grandioso aqui. Encaro mais como ensaios de alguém que só se encontra nas letras, de alguém que precisa se colocar por escrito para (tentar) se compreender.

Por isso, sempre que as palavras – e as frases – começam a efervescer demais na minha cabeça, eu me sento em frente ao computador e digito. Por vezes, não sai nada com nada. Mas, em algumas ocasiões, minhas humildes divagações acabam agradando alguém. E, depois de ver o texto tomar forma, esse é o grande momento que eu tenho.

Cada elogio, cada comentário me impulsionou a continuar. Ou seja: se estou aqui até hoje, a culpa também é sua! (risos). Alguém vir me dizer que se identificou com o texto – e até mesmo que se emocionou! – me deixa com aquele sorriso de criança que ganha brinquedo novo e me faz ter vontade de escrever sem parar.

O rumo que o blog vai tomar, eu não sei. Prefiro deixar que tudo ocorra naturalmente, como foi até hoje. Só espero continuar tendo inspiração para escrever e a paciência de vocês, para ler.

Então, como diriam Seu Jorge e Ana Carolina, é isso aí. Um grande abraço a todos e meu muito obrigada. Voltem sempre.

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