Eu não te faço juras de amor. Não prometo que será (seremos) para sempre. Não te ofereço conta conjunta no banco, nem meu sobrenome.
Já achei um baita passo te dar as chaves da minha casa e uma gaveta no meu armário.
Você acha que é insensibilidade da minha parte. Fica chateada e pensa que eu não te amo. Eu explico que esse é apenas meu jeito pragmático de ser.
Eu te amo, sim, mas não te juro nada.
Eu tento te explicar que amor não é garantia, que relacionamento não é segurança e que fidelidade não é um prêmio. E te digo que promessas são passíveis de serem quebradas e, assim, de causarem dor.
Por isso, eu não te juro nada. Porque juramentos implicam em obrigações. E eu não te amo porque sou obrigado. Não te amo por escolha. Eu te amo porque é inevitável. Porque é mais forte que eu, mais intenso que as minhas próprias vontades, mais sábio que minhas decisões racionais. Quer algo mais sólido que isso?