Eu já fui embora várias vezes. Já fui embora de empregos, de casas, da cidade.
E já fui embora de pessoas.
Já fui embora pelos mais diversos motivos. Por amor ou pela dor; por coragem ou por covardia. Por objetivo ou como fuga.
Eu já fui embora querendo ficar. Eu já fui e quis voltar.
E já fui embora até mesmo sem saber por quê. Ou pra onde.
Mas eu fui. Eu vou.
O fato é que nunca é fácil ir embora. Cada ida nos impõe despedidas e renúncias.
Cada partida dói uma dor diferente.
A cada vez em que a gente vai embora, um pedaço nosso fica.
Ir embora exige um ponto final e um novo parágrafo.
Ir embora requer força e coragem. E também um pouco de loucura.
Mas ir embora é importante. Às vezes, é fundamental.
Quando a gente não cabe mais ali, naquele lugar, naquelas pessoas, naquela vida… É hora de ir embora.
Sempre haverá um recomeço. Porque cada partida é também uma chegada.
Eu fui embora várias vezes. E continuo indo.
E todas as vezes em que eu fui, também cheguei a algum lugar.
E eu sei que nunca vou parar. De ir. Nem de chegar.
Ir ou vir, as vezes importante ou necessário. No holocausto é sempre ter objetivos e buscá-los aonde for e com quem for.
Leve as lembranças e o amor, pois somos frutos das nossa relações de amor e ódio.
Me leve… que seja leve…