Certa vez, uma pessoa me convenceu de que eu não merecia ser feliz. De que eu não era boa, digna, de que eu não tinha moral nem caráter.

Certa vez, uma pessoa me convenceu de que, não importava o quanto eu me esforçasse, eu nunca seria boa o suficiente.

Certa vez, uma pessoa me convenceu de que eu nunca realizaria meus sonhos.

Certa vez, uma pessoa me tratou de forma cruel – e me convenceu de que aquilo era apenas o justo.

E durante muito tempo eu aceitei e acreditei nessas pessoas. E permiti que os julgamentos e críticas alheios me apedrejassem e me torturassem, cotidianamente.

E, com essa certeza, eu ajudei na punição. Eu me autoflagelei e trabalhei forte na minha própria autodestruição.

Mas, um dia eu entendi que eu não merecia nada daquilo. Que aquelas pessoas estavam sendo cruéis e me tratando da maneira errada.

E percebi que eu estava em dívida para comigo mesma.

Bem, chegou a hora de acertar as contas.

Chegou a hora de pagar essa dívida, de me tratar bem, de me cuidar e de me perdoar. E, como bem sabemos, dívidas devem ser pagas com juros e correções.