Terminei, finalmente, de assistir à oitava (e última) temporada de House. E devo confessar, mesmo sabendo que isso manchará consideravelmente minha “reputação”, que, sim, chorei. E muito. Eu, que não sou de me emocionar com filmes e afins, não pude conter as lágrimas diante do final do seriado.
Obviamente, House é um seriado feito para emocionar. Apesar de todo o sarcasmo e das tiradas fenomenais, trata-se de um drama, e é muito fácil nos pegarmos completamente sensibilizados pela vida do solitário – apesar de genial – médico.
Mas, é no momento em que descobre que perderá seu melhor (e único?) amigo – e, verdade seja dita, seu porto seguro -, que House perde completamente as esperanças em qualquer coisa na vida. Nem mesmo a medicina, os quebra-cabeças, sua brilhante carreira, nada mais parece fazer sentido ou motivá-lo.
Não é para menos. Como é dito no último episódio, Wilson era o lado bom do House, sua consciência. Sempre foi ele que, na medida do possível, tentou colocar um pouco de juízo na cabeça do House. Mas que também o amparou depois de tudo ter dado errado – inúmeras vezes.
A amizade entre House e Wilson é daquelas sem hipocrisia. Tão fantasticamente verdadeira que um é capaz de dizer ao outro as verdades mais cruéis, e sabe que mesmo assim nada vai mudar. Aliás, um procura o outro quando precisa exatamente que lhe digam a verdade, e não aquilo que quer ouvir. E eles são amigos ao ponto de um avisar ao outro que “isso vai dar merda”, e não dizer depois “eu avisei”. Ou até dizer, mas nunca abandoná-lo mesmo assim.
E o fato é que, ao jogar tudo para o alto no final da temporada, do seu jeito extremamente esquisito, House deu uma das maiores lições de amizade de todos os tempos. Escolheu abrir mão de tudo para ficar ao lado da pessoa que sempre foi seu equilíbrio, e que naquele momento precisava dele mais do que tudo.
Eu achei o final bem surpreendente, apesar de já ter, inevitavelmente, sabido que o Wilson morreria. Mas eu imaginava qualquer coisa do House, menos isso. Afinal, o egocentrismo sempre foi uma de suas marcas registradas.
Bom, e depois de mais esse seriado me abandonando, o jeito é continuar acompanhando o Dexter (que também já está na penúltima temporada) e encontrar novas histórias para sofrer junto!